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Quem começa a assistir The Crown, série baseada em fatos reais da família real britânica, fica viciado rapidamente. E não é para menos, afinal, além de ser uma mega produção da plataforma de streaming, a história ainda é baseada em fatos reais. Mas, o que é verdade em The Crown, e o que é ficção?
Especialmente para quem já chegou na 4ª temporada, há uma série de perguntas sobre o quão realista é o drama de época, especialmente após a introdução da princesa Diana e Margaret Thatcher.
The Crown é baseado em fatos reais?
Certamente quem assiste a série, muitas vezes acaba recorrendo a uma pesquisa no Google para tirar alguma dúvida . Questões como “por que o príncipe Philip e a rainha dormiam em camas separadas?” ou, “por que a rainha chorou na frente da princesa Margaret?” deixam o telespectador com uma pulga atrás da orelha.
Apesar de The Crown ser um drama baseado em fatos reais e pessoas que existem ou existiram de verdade, a verdade é que é difícil saber o que é real ou não, pois há poucos seres humanos vivos com memórias do que acontecia no Reino Unido dos anos 1950.
Então, o que é verdade e o que é mentira em The Crown? Quão precisa foi a produção da Netflix? Aqui nós revelamos o que é ou não ficção, incluindo todas as quatro temporadas. No fim, conseguimos concluir o quão precisa é The Crown, em comparação com eventos da vida real.
O que é verdade em The Crown?
As três primeiras temporadas da série popular foram as mais fiéis à realidade. Mas a quarta temporada, lançada em novembro de 2020, causou alvoroço entre historiadores e políticos. Os especialistas solicitaram que a Netflix deixasse claro que a série é fictícia, preocupados com o fato da série prejudicar a imagem da realeza britânica.
De fato a série mistura história e ficção. As roupas, penteados e sotaques meticulosamente elaborados geralmente combinam com a realidade, e é bem difícil determinar onde a narrativa se afasta dos fatos reais.
Com a Casa de Windsor enfrentando novos desafios, incluindo a partida do neto da rainha Elizabeth II, o príncipe Harry, e sua esposa, Meghan Markle, para os EUA, The Crown ajudou a refazer a imagem da família real para uma nova geração. Mas isso tem consequências. Isso porque as pessoas acreditam no que vêem na série.
Série pode ter pegado pesado com Charles e Camilla
A representação da quarta temporada do relacionamento condenado do príncipe Charles com Diana pinta a realeza sob uma luz mais negativa , destacando a disfunção e não o triunfo. E há sinais de que a representação da série está influenciando as percepções da vida real de Charles, o herdeiro do trono, e sua atual esposa, Camilla.
Após o lançamento da última temporada, a realeza teve que fazer algumas alterações na conta oficial do casal no Twitter. Muito ódio foi visto na rede, incluindo pessoas que chamassem o agora Rei Charles de “monstro”, e outros compartilhando fotos de Diana.
O perigo da série mudar as impressões das pessoas sobre a família real é especialmente pronunciado quando se trata de Camilla, retratada como uma mulher má e insensível.
Quinze anos após o casamento, o drama que cercava o relacionamento do casal diminuiu em grande parte, por isso é fácil esquecer que, na década de 1990, muitos culpavam Camilla pelo rompimento do casamento de Charles e Diana, que se referia a ela como a ” terceira pessoa” no relacionamento fracassado.
A imagem de Camilla foi amplamente reabilitada nos últimos anos na Grã-Bretanha, onde ela é geralmente retratada na mídia e nas redes sociais da realeza como genuína e realista.