O filme O Que Tiver Que Ser, de Josephine Bornebusch, vai além das narrativas típicas sobre casamentos e dramas familiares. Em vez de um romance simples, o longa-metragem traz uma visão brutalmente honesta sobre o esforço e a responsabilidade que envolvem um casamento duradouro.
Ao longo deste artigo, compartilho reflexões sobre o desfecho de O Que Tiver Que Ser e a maneira como ele transmite importantes lições sobre relacionamentos, amor e compromisso.
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O Que Tiver Que Ser: O Amor Não Sustenta o Casamento, Mas o Trabalho Duro Sim
A ideia de que “casamento é sobre amor” é amplamente difundida, especialmente entre jovens adultos. No entanto, o amor sozinho não mantém um casamento. Afinal, é possível amar alguém e ainda assim viver separado. Casar-se envolve comprometimento, trabalho árduo e a aceitação de que nem sempre as coisas serão fáceis.
No filme, Stella e Gustav enfrentam um momento decisivo. Gustav deseja o divórcio para viver com sua amante, mas Stella insiste que ele permaneça por mais duas semanas ao lado da família, durante a viagem planejada para a competição de pole dance da filha. Esse pedido, aparentemente simples, na verdade representa a essência do compromisso e da resiliência exigidos pelo casamento.
O Pedido de Stella: Uma Última Chance para a Família
Stella tem um motivo oculto para não querer o divórcio: ela está morrendo e quer garantir que sua família permaneça unida após sua partida. Mesmo que o amor romântico e a alegria tenham diminuído, Stella acredita que o casamento exige esforço, especialmente diante das circunstâncias difíceis. Ela busca deixar uma lembrança positiva de unidade para seus filhos, mesmo que isso signifique enfrentar desafios junto a Gustav, que ela sabe ser imperfeito.
Essa decisão traz uma forte dose de ironia e uma lição: frequentemente, só compreendemos a importância do que temos quando estamos prestes a perdê-lo.
O Compromisso de Gustav: Redescobrindo o Valor da Família
Ao longo da jornada, Gustav começa a perceber o valor de sua família. Mesmo que seu desejo inicial fosse partir, ele se vê obrigado a assumir o papel de pai e marido. Ao final do filme, é possível notar uma mudança genuína em Gustav. Ele admite a Stella seus sentimentos de invisibilidade e o quanto falhou em ser presente para ela e os filhos. Esse reconhecimento abre caminho para que ambos compartilhem suas frustrações e fraquezas.
O Que Tiver Que Ser destaca como o casamento, por vezes, exige um sacrifício silencioso e a escolha de persistir mesmo nas fases difíceis. Ao final, a relação entre Stella e Gustav se fortalece, mostrando que o compromisso mútuo é mais poderoso do que a simples presença do amor.
Stella e Sua Jornada Final: A Conquista de Uma Família Reconciliada
A história de Stella é tanto trágica quanto edificante. Ela parte deste mundo com a tranquilidade de saber que sua família está em boas mãos. O processo de reconciliação com Gustav e o esforço de garantir que ele assuma seu papel de pai e marido deixaram sua família fortalecida, pronta para enfrentar o futuro sem ela.
Essa mensagem é dolorosa, mas inspiradora. O Que Tiver Que Ser nos lembra que o amor e o propósito se entrelaçam de forma a exigir o melhor de nós, mesmo nos momentos mais difíceis.
Reflexão Final sobre o Filme O Que Tiver Que Ser
O Que Tiver Que Ser é um drama que provoca e emociona, indo além do entretenimento. Ele nos faz questionar nossas próprias responsabilidades e a maneira como encaramos relacionamentos duradouros. O filme transmite a importância de trabalhar pelo bem de uma união, mostrando que o verdadeiro compromisso é o que mantém uma família unida.
No fim, O Que Tiver Que Ser deixa lições poderosas sobre casamento, família e a força do compromisso, reforçando que um relacionamento exige esforço constante e que o amor, por si só, nem sempre é o suficiente.
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