O Enfermeiro da Noite é um filme inspirado na história do serial killer norte-americano Charlie Cullen, conhecido como “Anjo da Morte”. A temática que está forte na Netflix deixou o longa no Top 10 de produções mais assistidas da plataforma.
Em suma, o personagem vivido na tela por Eddie Redmayne (Animais Fantásticos e Onde Habitam) foi responsável por matar mais de 300 pessoas, apesar de ter sido flagrado repetidamente pelos hospitais que o empregavam, demorou a ser pego. Os crimes de Charles Cullen foram cometidos em nove hospitais entre os anos 1988 e 2003.
Baseado no livro de mesmo nome de Charles Graeber, O Enfermeiro da Noite foi escrito por Krysty Wilson-Cairns e dirigido por Tobias Lindholm. Ademais, conta a história de Charlie Cullen, enfermeiro que era considerado uma boa pessoa e bom profissional, mas usava seu trabalho hospitalar para matar impunemente, tornando-se um dos seriais killers mais bem-sucedidos de todos os tempos.
A Trama de O Enfermeiro da Noite
Chastain vive uma enfermeira com quem ele trabalhava e que mesmo em confronto com a verdade pela polícia, arriscou tudo para conseguir provas e incriminá-lo. Portanto, a trama é narrada pelo ponto de vista de Amy Loughren, uma mãe solteira com problemas cardíacos que trabalhava como enfermeira no turno da noite, junto do assassino.
Segundo o filme, O Enfermeiro da Noite, ela começou a suspeitar do novo colega de trabalho depois que uma série de mortes misteriosas de pacientes estavam sendo investigadas. Eventualmente, Loughren arriscou a sua vida e de seus filhos para descobrir a verdade sobre Charlie Cullen. O criminoso estava injetando soro fisiológico misturado com insulina ou digoxina para matar pacientes por overdose.
O que está em alta na Netflix? TOP 10 de filmes e séries
Os Crimes de O Enfermeiro da Noite na Vida Real
Já na vida real, Cullen começou sua carreira na enfermagem em 1987, no hospital Saint Barnabas Medical Center de Nova Jersey, sendo um ano antes de matar o primeiro paciente. Por não ser descoberto, continuou matando pacientes até deixar o hospital, quatro anos depois, quando as autoridades começaram a investigar bolsas intravenosas contaminadas.
Mas ele nunca foi acusado de nenhum crime e, após um mês, conseguiu outro emprego na enfermagem de outro hospital, o Hospital Warren, onde deu sequência à sua matança. Por fim, o enfermeiro só começou a trabalhar no Somerset Medical Center em Somerville, onde trabalhou com Amy Loughren, em 2002.
Então, o serial killer foi preso no dia 12 de dezembro de 2003, acusado de diversos assassinatos e tentativas de homicídio. No total, Cullen recebeu 11 sentenças de prisão perpétua em março de 2006 pelo assassinato de 29 pacientes.
Após a segunda audiência, o juiz concedeu mais seis penas de prisão perpétua, totalizando 17. Atualmente, ele está preso na Prisão Estadual de Nova Jersey.
Porém, durante a pesquisa do livro, Graeber descobriu que Cullen disse aos investigadores que ele “dosava” de três a quatro pessoas por semana. Especialistas informaram que se o número for real e for multiplicado pelos 16 anos de carreira de Cullen, o número de mortes pode ser maior a 400, o tornando o pior serial killer da história.
Nomes das vítimas não foram revelados para preservar a identidade
Primeiramente, o filme usou os nomes reais dos protagonistas Loughren e Cullen e também dos detetives envolvidos na investigação. Porém, todas as vítimas e suas famílias tiveram as identidades reais preservadas.
Em entrevista para a Vanity Fair, a roteirista Krysty Wilson-Cairns disse que mudou os nomes das vítimas para não “revitimizá-las”. “Eu não conheci as famílias das vítimas para realmente entender quem eram essas pessoas. Então, francamente, eu me sentiria um pouco suja [se usasse as suas identidades]. E a maioria das pessoas não podia dar consentimento porque estava morta. Ou às vezes as famílias não sabiam. No caso de muitas vítimas de Charlie, as famílias ainda não sabem [que os parentes foram assassinados]”, disse.
Mesmo sem os nomes terem sido revelados, a roteirista se preocupou em tratar as situações com o máximo de semelhança. Um exemplo é a cena em que os detetives precisam exumar um corpo para uma autópsia que aconteceu de verdade.
E, assim como é mostrado na ficção, Loughren começou a suspeitar que Cullen poderia estar por trás das misteriosas mortes dos pacientes. Para isso, ela se tornou uma informante da polícia e auxiliou numa investigação que levou seis meses para obter provas para prender Cullen em 2003. Mesmo depois da prisão dele, a enfermeira foi essencial para conseguir uma confissão, já que as evidências não eram suficientes para condená-lo.
Ademais, a identidade de Loughren só foi revelada em 2014, com a publicação do livro de Charles Graeber, no qual o filme se inspira.
Trailer de O Enfermeiro da Noite
Por fim, além dos protagonistas, o elenco de O Enfermeiro da Noite conta com Kim Dickens, Noah Emmerich e Nnamdi Asomugha. O filme é produzido pelo cineasta Darren Aronofsky (Mãe!).
Gostou do nosso conteúdo? Acompanhe-nos no Google News e não perca nenhuma notícia.