O mundo dos animes é repleto de histórias fascinantes, e uma das principais fontes desse universo é o mangá. Um exemplo notável é a nova série da Netflix, “Pluto”, que traz uma abordagem única e intrigante. No entanto, o que muitos não sabem é que essa série é mais do que um simples reboot; é uma obra que se desdobrou a partir de influências profundas. Como, por exemplo, o mangá original de Astro Boy, criado por Osamu Tezuka.
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A Evolução de Pluto ao Longo das Eras
Ao contrário de outros animes, “Pluto” não é apenas uma adaptação, mas uma reinterpretação magistral de uma história já clássica. Criado por Naoki Urasawa, o mangá “Pluto” é, na verdade, uma recriação do capítulo “O Maior Robô da Terra” de Astro Boy, publicado originalmente em março de 1964.
A trama original segue Astro Boy em sua missão para derrotar Pluto. Esse, é um super robô que desafia e elimina sistematicamente os sete maiores robôs do mundo. Comparando as três versões – o original de Tezuka, a adaptação de Urasawa e a série da Netflix – é notável que a última se destaca como a mais refinada e envolvente.
A Perspectiva Ampliada de Urasawa
Urasawa não apenas respeita o contexto do capítulo original de Astro Boy, mas também expande a perspectiva da história. Ao introduzir a visão em primeira pessoa de personagens como o super robô Pluto e o detetive EuroPol Gesicht, o autor cria uma narrativa mais complexa e envolvente.
A trama se torna um mistério, envolvendo não apenas a destruição dos grandes robôs, mas também o assassinato de humanos. Essa abordagem de Urasawa adiciona camadas de profundidade à história, transformando Pluto de um simples destruidor de robôs em uma figura mais intrigante e misteriosa.
A Transformação Audiovisual da Netflix
A versão da Netflix de “Pluto” não apenas preserva o trabalho excepcional de Urasawa, mas eleva a história a um nível superior. A adaptação para o anime traz não apenas mudanças visuais notáveis, mas também uma trilha sonora e energia que criam uma tensão palpável.
O foco da adaptação vai além da ação e do mistério, explorando as “alegrias e tristezas” de ter robôs convivendo com humanos. Questões pertinentes sobre a integração dos robôs na sociedade emergem, provocando reflexões sobre a relação entre humanos e tecnologia, um tema mais relevante do que nunca.
Ao final da jornada através das eras de “Pluto”, da criação original de Tezuka à reimaginação de Urasawa e à transformação da Netflix, fica claro que essa história transcende o mero entretenimento. “Pluto” não é apenas sobre robôs e mistérios; é uma reflexão profunda sobre a humanidade, suas máquinas e as complexidades da convivência.
A versão da Netflix, com sua combinação de arte visual, trilha sonora envolvente e enfoque nas questões sociais, emerge como uma obra-prima animada que honra suas raízes. Além disso, a produção também lança luz sobre os dilemas contemporâneos de nossa relação com a tecnologia.
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