Nova série da Netflix expõe grande escândalo da indústria farmaceutica

A série “Império da Dor”, recém-estreada no catálogo da Netflix, vem causando alvoroço por abordar a chocante história da epidemia de opioides nos Estados Unidos. Através de uma narrativa densa e com base em eventos verídicos, a minissérie nos oferece uma visão íntima sobre uma das maiores crises sanitárias da história recente. Mas, afinal, em que se baseia a trama e qual sua relevância para a atualidade?

Império da Dor se baseia em fatos reais

A crise começou nos Estados Unidos na década de 1990, com o surgimento do OxyContin, um poderoso analgésico criado pela indústria farmacêutica. A situação se espalhou rapidamente, fazendo com que mais de 1 milhão de cidadãos americanos morressem devido ao vício, e outros milhões ficassem presos às substâncias.

A Purdue Pharma, liderada pela família Sackler, teve um papel central na disseminação do OxyContin, utilizando uma política de marketing agressiva. A farmacêutica viu seus números crescerem, o que coincidiu com o acúmulo da fortuna dos Sackler, enquanto o narcótico destruía vidas. Em 2019, a empresa entrou com um pedido de falência, sendo bloqueada posteriormente pela Suprema Corte dos EUA.

A falta de regulamentação sobre as indústrias farmacêuticas permitiu que a crise acontecesse. A epidemia se estendeu por quase duas décadas e ainda apresenta sérias consequências para a saúde da população, economia e segurança do país.

Elenco e Produção

A minissérie conta com grandes nomes, como Matthew Broderick, que interpreta o bilionário Richard Sackler. Além disso, Uzo Aduba dá vida a Edie Flowers, uma investigadora que se aprofunda na questão da epidemia de opioides. Taylor Kitsch, Clark Gregg, Madelaine West Duchovny, e Dina Shihabi são alguns dos atores que também compõem o elenco.

“Império da Dor” se inspira no livro “Pain Killer”, de Barry Meier, e no artigo “The Family That Built an Empire of Pain”, de Patrick Radden Keefe. A direção da obra fica a cargo de Peter Berg, que, com maestria, conduz o público através desta trama complexa.

As consequências da crise

Em suma, a introdução do OxyContin no mercado, promovido por sua fabricante, a Purdue Pharma, como um remédio não viciante, causou uma onda de adicção. Os dependentes do medicamento, ao encontrarem dificuldades para obter novas receitas médicas, muitas vezes recorriam à heroína. A overdose desta substância tornou-se uma causa comum de mortes, destruindo inúmeras famílias.

A desastrosa gestão da crise recebeu muitas críticas, principalmente quanto à falta de regulamentação da indústria farmacêutica. A situação se tornou tão crítica que a Purdue Pharma, sob a liderança da família Sackler, foi alvo de mais de 2.600 ações judiciais, levando a empresa a entrar com um pedido de falência em 2019.

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Magdalena Schneider

Magdalena Schneider

Magdalena Schneider atua como redatora e editora chefe do site desde 2020. Moradora de Porto Alegre (RS), é sócia e redatora dos portais Minha Série Favorita, Very Money e Curtindo Porto Alegre. Formada em Psicologia pela Faculdade IENH, e especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, vê na criação de conteúdo, uma oportunidade de comunicar e transformar o mundo. No Minha Série Favorita, é responsável pela busca de pautas diárias, escrita e publicação das matérias, visando informar e trazer conteúdos relevantes ao portal. Sendo assim, Magdalena atua há quatro anos no campo da comunicação e criação de conteúdo.