Como eu já havia dito dias atrás (no post “Lucasfilm Nega Rumores de Fim de Spin-Offs!“), muitos ficaram insatisfeitos com o filme Star Wars VIII: Os Últimos Jedi. Seja pelos rumos que a história tomou, seja pela participação de alguns personagens, pela falta de outros, pela suposta rejeição feita pelo filme sobre características co-universo da franquia. Dentre aqueles que não gostaram do filme, se encontra nosso querido Luke Skywalker, Mark Hamill. O ator, desde que recebeu o roteiro, afirma que o Luke apresentado no filme não é o seu personagem.
Em entrevista à IGN, Hamill mostrou mais uma vez sua indignação com o arco que foi feito para seu personagem no último filme da nova trilogia. Ele comentou como era contraditório o fato de que ao fim de O Retorno de Jedi, o sexto episódio da saga, Luke era o símbolo de uma nova e forte esperança para o futuro da galáxia, mas neste filme ele é retratado apenas como um anti-herói recluso que não liga para o que está acontecendo sendo até, em certos momentos, cínico com aqueles que buscavam sua ajuda.
Na própria entrevista, Mark chegou a traçar paralelos entre a nova caminhada de Luke e a trajetória dos “baby bloomers”, geração de pessoas nascidas entre 46 e 64 na Europa, Estados Unidos, Canadá ou Austrália, geração da qual o ator faz parte. Suas palavras foram:
“É trágico. Eu não sou um ator do método, mas uma das técnicas dos atores de método é tentar usar experiências da vida real para traçar paralelos com a ficção. A única coisa que eu conseguia pensar, dado o roteiro, é que eu era parte da geração dos Beatles — ‘All You Need is Love’ e ‘Paz e amor’.” E continuou: “Quando eu era adolescente, pensava que quando chegássemos ao poder, não haveriam mais guerras, a discriminação racial não existiria e a maconha seria legalizada. Quando você pensa, percebe que minha geração é uma falha. O mundo está muito pior hoje do que era naquela época.”
A geração “baby bloom” foi responsável por diversas mudanças socioculturais da época que tange o fim da Segunda Guerra Mundial e meados dos anos 60. Recebeu este nome, pois ao fim da guerra países da Europa, América do Norte e a Austrália tiveram um alto índice de natalidade, por isso “baby bloom”, que em tradução livre significaria “florescer dos bebês”.