Já disponíveis no catálogo da Netflix, os novos episódios da segunda temporada de The Witcher estão em evidência. Tanto entre os assinantes da plataforma quanto entre os críticos especializados, a opinião é a mesma: os novos episódios são ainda melhores que os do primeiro ano.

Entretanto, existe um aspecto em especial que vem causando a maior polêmica e gerando um grande engajamento: o debate sobre a orientação sexual do personagem Jaskier. Ainda que oficialmente a série não apresente nenhum personagem identificado com o público LGBTQIA+, os fãs desconfiam que Jaskier, o bardo interpretado por Joey Batey, não seja exatamente heterossexual.

“The Witcher nunca confirma que o personagem de Joey Batey é bissexual ou panssexual, mas como você explica os olhares que ele joga em Geralt?”, indaga matéria do site Digital Spy. A publicação ainda defende que o subtexto queer da trama de Jaskier se tornou mais predominante nesta segunda temporada.

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O Digital Spy também recorda uma canção de amor que Jaskier canta quando reencontra Geralt na 2ª temporada.“Quando eu escrevi a canção, ela veio do coração, talvez de um coração partido”, cogita o personagem. Em suma, o autor da matéria, o jornalista britânico David Opie reforça que o interesse do personagem por Geralt fica evidenciado em outras cenas.

“O que Jaskier faz quando finalmente se reencontra com Geralt no 7º episódio? Ele tira a camisa na primeira chance que tem, desfilando o tanquinho ao redor de Geralt como um pássaro exibindo sua plumagem, em uma dança não tão sutil de acasalamento”, comentou.

Entretanto, em uma entrevista recente ao Digital Spy, o ator Joey Batey jogou um balde de água fria nas expectativas de parte dos fãs ao se pronunciar sobre a relação de seu personagem com Geralt.

“É muito importante explicar que o relacionamento deles é totalmente platônico. Eles são amigos. Quando você perde um amigo, pode parecer uma separação e, às vezes, pode parecer pior. Perdi amigos na minha vida e passei pelos mesmos estágios de tristeza”, comentou o astro.

Showrunner da série, Lauren S. Hissrich foi outra que aderiu ao debate sobre as supostas entrelinhas homoeróticas do relacionamento dos personagens. “É um lado da amizade masculina sobre o qual não falamos muito, certo? Eu não acho que haja qualquer conotação homoerótica nesse relacionamento”, disse a produtora.

Apesar de ter a tese negada pelo intérprete de Jaskier e pela produtora, a matéria do Digital Spy seguiu sustentando que a relação de Geralt e Jaskier tem um subtexto amoroso.

“É uma pena remover a possibilidade de algo a mais, algo queer, quando se trata de Jaskier. É uma ideia que muitos, muitos fãs aderiram, e ao insinuá-la sem qualquer confirmação, The Witcher se aproxima perigosamente do reino da queerbaiting”, disse o jornalista.

Queerbaiting é um termo utilizado para identificar estratégias de marketing usadas para atrair o público LGBTQIA+. Essas estratégias adotadas pelas produções dão a entender que personagens vivem um relacionamento homoafetivo, mas nunca confirmam esse fato em suas narrativas.