“Longlegs“, o mais recente sucesso de bilheteria do diretor Osgood Perkins, deixou o público dividido com seu final perturbador e cheio de interpretações. Estrelado por Maika Monroe e Nicolas Cage, o filme combina elementos de horror sobrenatural com um enredo enigmático que desafia os limites entre o bem e o mal.
A trama segue a agente do FBI, Lee Harker, uma recruta talentosa designada para investigar um caso frio envolvendo o serial killer conhecido como “Longlegs”. O assassino tem como alvo famílias com filhas nascidas no dia 14 e deixa mensagens satânicas enigmáticas nas cenas dos crimes. À medida que Lee avança na investigação, ela descobre uma ligação pessoal assustadora com Longlegs, remontando à sua infância. Mesmo após prender o assassino, o caso toma um rumo sombrio quando Lee descobre que sua própria mãe foi cúmplice dos assassinatos, entregando bonecas satânicas que desencadeiam tragédias familiares.
Final Explicado de “Longlegs”
No clímax do filme, Lee se encontra diante de uma escolha devastadora. Após descobrir que sua mãe ajudou Longlegs por anos, acreditando estar salvando a vida de sua filha, Lee é forçada a matá-la para impedir que mais famílias sejam destruídas. No entanto, mesmo após a morte de Longlegs e de sua cúmplice, a boneca satânica, que foi crucial em cada um dos assassinatos, permanece intacta. Lee, agora sem balas, fica hipnotizada pelo objeto, incapaz de destruí-lo.
O que esse final ambíguo realmente significa? Muitos acreditam que ele sugere que o mal representado por Longlegs e suas bonecas não foi completamente derrotado. A incapacidade de Lee de atirar na boneca indica que o espírito do diabo ainda persiste, possivelmente se manifestando em Lee ou em outras vítimas futuras. Isso deixa em aberto a possibilidade de que Lee possa continuar o legado sinistro de Longlegs, um pensamento assustador que ressoa profundamente com a ideia de que o mal nunca é completamente erradicado, apenas transferido ou transformado.
Os Temas de “Longlegs”: Trauma, Sacrifício e a Ambiguidade do Mal
“Longlegs” explora temas complexos, como o trauma e as consequências psicológicas de eventos passados não resolvidos. Lee, que reprimiu memórias dolorosas de sua infância, é forçada a confrontá-las à medida que a investigação avança. O filme também aborda o sacrifício extremo, exemplificado pela mãe de Lee, que perdeu sua sanidade e fé em nome do amor maternal.
Outro tema central é a natureza ambígua do bem e do mal. “Longlegs” sugere que o mal é uma força tangível, que pode corromper até mesmo aqueles que acreditam estar agindo por amor ou proteção. A ausência de um verdadeiro triunfo do bem no filme reforça a ideia de que o mal, por mais obscuro que seja, sempre encontra uma maneira de sobreviver.
“Longlegs” terá uma sequência?
Com um final que deixa mais perguntas do que respostas, “Longlegs” se destaca como um filme que convida o público a refletir sobre as complexidades da moralidade e do horror. Será que Lee conseguirá superar as influências malignas que a cercam, ou será que ela está destinada a repetir os mesmos erros que tanto tentou evitar? Essas questões podem ser exploradas em uma possível sequência, que promete mergulhar ainda mais fundo na psique dos personagens e nas forças obscuras que os controlam.
“Longlegs” não é apenas um filme de terror; é uma exploração do medo, da culpa e das escolhas difíceis que definem nossa humanidade. E, como tal, seu impacto permanece com o espectador, muito depois dos créditos finais.
Trailer de Longlegs
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