O thriller neo-blaxploitation Proud Mary prometia entregar uma narrativa poderosa, com Taraji P. Henson no papel principal, mas será que o filme cumpre suas expectativas? Dirigido por Babak Najafi (Invasão a Londres), o longa tenta prestar homenagem aos clássicos do gênero, mas acaba tropeçando em sua execução.
Proud Mary: Um Elenco Subaproveitado
Após o sucesso de Henson em Estrelas Além do Tempo, sua participação em Proud Mary tinha tudo para alavancar ainda mais sua carreira. No entanto, o filme falha em explorar todo o potencial da atriz e do elenco predominantemente afro-americano.
A direção desleixada e escolhas questionáveis de iluminação comprometem tanto o impacto visual quanto as performances. Até mesmo Danny Glover, um ícone do cinema, enfrenta dificuldades para brilhar em cenas mal concebidas.
Uma Introdução Promissora Que Não Convence
Logo na abertura, o filme tenta criar um clima retrô com referências a clássicos do blaxploitation, como Foxy Brown e Cleopatra Jones. Mary, a assassina mafiosa interpretada por Henson, aparece se preparando para uma missão enquanto a música “Papa Was a Rollin’ Stone” toca ao fundo. Contudo, a sequência é marcada por um ritmo confuso e uma direção que mais parece paródia do que homenagem.
Trama Desconexa e Desenvolvimento Fraco
A história segue Mary após ela assassinar um homem, deixando seu filho, Danny (Jahi Di’Allo Winston), órfão. Um ano depois, movida pela culpa, Mary decide resgatar o garoto de uma vida de crime. O problema é que essa decisão a coloca em rota de colisão com seu próprio grupo mafioso, liderado por Benny (Danny Glover).
Embora o relacionamento entre Mary e Danny seja o foco de boa parte do filme, ele carece de profundidade. A química entre os personagens é superficial, e as cenas que deveriam emocionar acabam passando despercebidas pela falta de cuidado na construção do roteiro.
Ação Mal Coreografada e Desperdício de Potencial
No clímax, Proud Mary finalmente entrega algumas cenas de ação em que a protagonista demonstra sua força e carisma. Henson consegue brilhar mesmo em sequências mal coreografadas, exibindo toda a sua presença de cena. No entanto, isso não é suficiente para salvar o filme como um todo.
Veredito: Assistir ou Passar?
Nota: ⭐⭐☆☆☆
Apesar do talento de Taraji P. Henson e de uma premissa intrigante, Proud Mary deixa muito a desejar. A direção inconsistente e o roteiro fraco transformam o que poderia ser um emocionante thriller em uma experiência decepcionante. Se você é fã de Henson, pode valer a pena assistir apenas para conferir sua atuação, mas não espere uma obra memorável.
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