CRÍTICA de Inferno em La Palma: Vale a pena ver à série?

Produções sobre desastres naturais seguem um formato previsível: conhecemos os personagens principais, mergulhamos em suas histórias pessoais e, então, o desastre atinge, colocando à prova suas chances de sobrevivência. Inferno em La Palma, nova minissérie norueguesa da Netflix, segue essa fórmula, mas traz algumas diferenças que tornam a experiência mais direta e envolvente.

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Trama e Ambientação de Inferno em La Palma

A história se passa na ilha de La Palma, nas Canárias, onde um vulcão com histórico de erupções ameaça causar um desastre sem precedentes. A ameaça de um tsunami gigante é central na narrativa, enquanto acompanhamos duas linhas principais de personagens: uma família norueguesa em férias no local e os geólogos do Instituto Geológico da ilha, que tentam prever e mitigar os riscos da catástrofe iminente.

O primeiro episódio estabelece bem essas duas perspectivas: a da família, presa entre seus conflitos internos e a tragédia iminente, e a dos cientistas, lidando com evidências ignoradas e pressões externas. Apesar do cenário dramático, a série evita excessos melodramáticos, optando por uma abordagem mais pragmática e realista.

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Personagens e Interpretações

O elenco principal é compacto, o que facilita a conexão com os personagens. Destaque para Marie (Thea Sofie Loch Næss), uma jovem geóloga determinada, e Haukur (Ólafur Darri Ólafsson), um veterano experiente e carismático. A dinâmica entre eles é interessante, oferecendo momentos de tensão e alívio cômico sem exageros.

Já a família norueguesa funciona como o ponto de identificação emocional da série. Fredrik (Anders Baasmo), sua esposa Jennifer (Ingrid Bolsø Berdal) e os filhos enfrentam tensões que vão desde um casamento em crise até os desafios de criar uma criança no espectro autista. Esses dramas pessoais adicionam profundidade à narrativa sem sobrecarregá-la.

Aspectos Técnicos e Ritmo

Com apenas quatro episódios, Inferno em La Palma tem um ritmo ágil, algo raro em séries desse gênero, que muitas vezes estendem o drama além do necessário. Os efeitos visuais são competentes, especialmente nas cenas de atividade vulcânica, e a ambientação nas Ilhas Canárias dá um toque de autenticidade.

Embora siga clichês típicos de histórias de desastres, como cientistas ignorados e sinais precoces negligenciados, a série não se rende a soluções fáceis ou exageros desnecessários. A ausência de subtramas supérfluas e melodramas exagerados é um ponto positivo que mantém a narrativa envolvente.

Vale a Pena Assistir Inferno em La Palma?

Nota: ★★★★☆

Inferno em La Palma é uma série curta, direta e eficaz no que se propõe: entregar um drama de desastre sólido e bem executado. Embora não seja revolucionária no gênero, sua abordagem realista e a ausência de melodrama tornam a experiência mais agradável e acessível.

Se você gosta de histórias de sobrevivência e quer algo rápido e bem produzido, vale a pena dar uma chance a Inferno em La Palma.

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