Agora disponível na Netflix, Joy é mais do que um drama histórico; é um tributo tardio, mas necessário, a Jean Purdy, uma enfermeira e embriologista que desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da fertilização in vitro (FIV). Embora seu trabalho tenha sido amplamente ignorado pela comunidade científica durante décadas, devido ao machismo e sua morte prematura em 1985, o filme se propõe a contar essa história sob sua perspectiva, destacando sua importância e humanizando sua luta. Mas será que Joy consegue se destacar como um filme memorável? Vamos analisar.
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A História: Ciência, Fé e Persistência
Ambientado nos anos 1960 e 1970, o filme segue Jean Purdy (Thomasin McKenzie), que se junta ao Dr. Robert Edwards (James Norton) e ao cirurgião Patrick Steptoe (Bill Nighy) em uma missão revolucionária: ajudar casais com dificuldades para conceber, por meio do que conhecemos hoje como fertilização in vitro. A jornada é marcada por desafios científicos, ceticismo social e a oposição de instituições conservadoras, como a igreja, que acusa os cientistas de “brincar de Deus”.
O filme também explora as complexidades pessoais de Jean, incluindo sua relação tensa com a mãe, Gladys May (Joanna Scanlan), que desaprova o trabalho da filha. Além disso, Jean enfrenta suas próprias dificuldades de saúde, sofrendo de endometriose, o que a impede de ter filhos, mas a motiva ainda mais a avançar na pesquisa.
Pontos Fortes: Performance e Relevância
Thomasin McKenzie entrega uma atuação sensível e cativante como Jean Purdy, equilibrando vulnerabilidade e determinação. Desde seu papel em Sem Rastros (2018), McKenzie tem se consolidado como uma das jovens atrizes mais talentosas da atualidade, e Joy não é exceção. Ao lado de Bill Nighy e James Norton, ela ajuda a criar um trio de protagonistas que sustentam o filme com força e carisma.
Outro ponto positivo é a relevância da história. Joy não apenas resgata a memória de Jean Purdy, mas também celebra a ciência e a perseverança humana. Em um mundo onde a fertilização in vitro já possibilitou o nascimento de mais de 12 milhões de crianças, é importante lembrar os pioneiros que abriram esse caminho, muitas vezes enfrentando resistência feroz.
Limitações: Narrativa Convencional
Embora seja envolvente, Joy não reinventa o gênero de dramas históricos. Sua narrativa segue um formato bastante previsível, com montagens de laboratório, debates acalorados na televisão e momentos de superação emocional. A direção de Ben Taylor é competente, mas conservadora, não explorando totalmente o impacto revolucionário do tema.
Essa abordagem segura faz com que o filme pareça um tanto antiquado, considerando o caráter progressista da história que conta. Mesmo assim, a simplicidade narrativa pode ser vista como uma forma de tornar o tema acessível a uma audiência mais ampla.
Vale a Pena Assistir Joy?
Nota: ⭐⭐⭐⭐☆
Se você aprecia dramas históricos com boas atuações e uma mensagem edificante, Joy merece um lugar na sua lista. Apesar de não ser inovador em sua execução, o filme cumpre sua missão de destacar uma figura muitas vezes esquecida e celebrar o impacto transformador da fertilização in vitro.
Joy é um tributo respeitoso e inspirador, que pode não quebrar barreiras cinematográficas, mas certamente aquece o coração e educa sobre um tema de enorme importância. Assista e inspire-se.
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