Crítica de O Esquadrão Suicida

Crítica de O Esquadrão Suicida: Não Medimos Nossas Palavras, Parça

Descubra a irreverência e o caos de O Esquadrão Suicida, filme de James Gunn que transforma vilões em anti-heróis improváveis em uma missão insana e divertida.

O Esquadrão Suicida de 2021, dirigido por James Gunn, chegou para redefinir o gênero de filmes de super-heróis com uma abordagem que é ao mesmo tempo brutal, divertida e completamente fora dos padrões convencionais. Gunn aproveita sua experiência com o humor ácido e o gore das produções B e, sem pudor, cria uma obra que é um sopro de irreverência e criatividade dentro do universo cinematográfico da DC. Vamos direto ao ponto: O Esquadrão Suicida é o tipo de filme que ou você ama pela ousadia ou se choca com o absurdo. E nós, sinceramente, estamos do lado de quem ama.

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Uma Subversão ao Estilo Gunn

Crítica de O Esquadrão Suicida

Para quem achou que Guardiões da Galáxia era o máximo da criatividade e diversão que Gunn poderia trazer para o mundo dos heróis, O Esquadrão Suicida mostra uma versão ainda mais “sem filtros” do diretor. Aqui, Gunn traz à tona seu lado mais “trash” e explora uma violência gráfica com uma brutalidade inusitada para blockbusters. Em vez das típicas sacadas leves dos filmes da Marvel, Gunn entrega piadas adultas, sangue, caos e uma pitada de sarcasmo que desafia o espectador a não levar nada muito a sério. É como se ele pegasse o modelo de ação convencional e jogasse o manual pela janela.

Mas engana-se quem pensa que é só anarquia visual. Mesmo com a violência extrema e o humor corrosivo, o filme tem uma estrutura sólida, com a ação bem dosada e personagens que, apesar de sua natureza grotesca, conseguem arrancar risadas e até um pouco de empatia. Gunn usa a estrutura do blockbuster para construir uma experiência caótica que, ao final, cumpre seu papel de entreter e impactar.

O Time de Vilões Que (Quase) Nunca Dá Certo

A trama começa com uma nova Força Tarefa X, liderada novamente por Amanda Waller (a sempre intensa Viola Davis), que monta uma equipe cheia de “supervilões” para uma missão suicida na ilha de Corto Maltese. O que já começa caótico logo explode em loucura com personagens descartáveis sendo eliminados de forma inesperada. E esse é um dos trunfos do filme: O Esquadrão Suicida é implacável com seus personagens, o que adiciona uma tensão genuína, afinal, ninguém parece estar realmente seguro.

Crítica de O Esquadrão Suicida

Enquanto alguns personagens são rapidamente eliminados, outros se destacam como Bloodsport (Idris Elba), Peacemaker (John Cena), Ratcatcher 2 (Daniela Melchior), e a icônica Harley Quinn (Margot Robbie). Idris Elba encontra em Bloodsport um papel que explora seu lado durão e ao mesmo tempo vulnerável, uma combinação que faz dele o herói improvável perfeito. John Cena, por sua vez, brilha como o Peacemaker, um personagem com um humor bizarro e cego patriotismo que lhe rendem algumas das melhores cenas do filme. E claro, Harley Quinn é o caos em forma humana, e Robbie mais uma vez traz a personagem à vida com uma intensidade inconfundível.

A Bizarra Ameaça Estelar e o Grande Caos Final

A missão do esquadrão é eliminar um projeto de pesquisa alienígena ultrassecreto – o Projeto Starfish – que envolve um kaiju em forma de estrela-do-mar chamado Starro. Sim, você leu certo: uma estrela-do-mar gigante alienígena. Aqui, Gunn dá mais um passo para transformar o filme em uma obra única ao subverter o clímax tradicional dos blockbusters. Em vez de uma luta “heróica” e previsível, temos uma batalha caótica e absurdamente sangrenta, onde um exército de ratos e Harley Quinn são peças-chave para derrotar a criatura gigante.

Por mais que a luta final possa parecer uma paródia dos clichês de heróis enfrentando monstros colossais, é uma conclusão que mostra o quão longe Gunn está disposto a ir para reinventar o gênero. Tudo isso envolto em uma estética visualmente chocante e, muitas vezes, grotesca, que torna o filme memorável e distinto de qualquer outra produção da DC.

Não é um Filme de Heróis, Mas de Antissociais Carismáticos

Crítica de O Esquadrão Suicida

Talvez o aspecto mais interessante de O Esquadrão Suicida seja sua abordagem sobre os personagens. Em vez de heróis relutantes, temos anti-heróis que, na maioria das vezes, estão mais interessados em sobreviver do que em salvar o mundo. Gunn, ao invés de seguir a típica humanização simplista de super-heróis, mantém o “lado podre” desses personagens vivos e pulsantes, mesmo que, em alguns momentos, ainda busque criar empatia e traços de bondade em meio ao caos.

A grande mensagem de O Esquadrão Suicida não é sobre superação ou heroísmo, mas sobre dar espaço para que os “párias” tenham sua vez de brilhar (ou, pelo menos, tentar). Isso cria uma conexão com o espectador que vai além do “torcer para o herói”: é como ver um grupo de rejeitados que se redime de uma maneira única, e que encontra redenção em meio a ratos, sangue e explosões.

Nossa Opinião Final: Vale a Pena?

No fim das contas, O Esquadrão Suicida não é para quem espera um filme de heróis convencional. É uma experiência única, regada a violência gráfica, humor sombrio e uma irreverência que só alguém como James Gunn poderia entregar. Para os fãs de um cinema de heróis que arrisca e desafia convenções, este é um filme que vale a pena cada segundo.

Se você quer um filme para desligar o cérebro e se divertir com cenas absurdas e personagens insanos, O Esquadrão Suicida é a pedida perfeita. É entretenimento na sua forma mais crua e sem vergonha, e não tenta ser nada além disso. Afinal, se é para salvar o mundo, por que não se divertir no caminho?

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