Crítica de Missão Resgate: Vale a pena assistir ao filme?

Missão Resgate é mais uma produção que segue a fórmula do herói de ação de Liam Neeson, mas com poucos elementos que realmente conseguem justificar o investimento de tempo do espectador. Para quem já acompanha a carreira do ator, especialmente depois do fenômeno Busca Implacável (2008), é impossível não notar a repetição de papéis e a previsibilidade das suas escolhas cinematográficas. Com 69 anos, Neeson parece estar se aventurando em produções cada vez mais similares, com a impressão de que está apenas trocando de cenário e figurino sem grandes novidades.

Trama de Missão Resgate

O filme se passa em um cenário congelante, onde o personagem Mike, interpretado por Neeson, é um motorista de estradas de gelo que se junta a um grupo para uma missão perigosa em busca de mineradores presos sob a terra.

A premissa é interessante, especialmente pela ameaça constante que a fragilidade do gelo representa, mas o enredo não consegue explorar a tensão que um cenário desses poderia gerar. Em vez disso, o filme opta por uma narrativa previsível e cheia de clichês, com uma conspiração rasteira que se revela mais rasa do que intrigante.

Crítica do filme

A direção de Jonathan Hensleigh, com passagens por roteiros como Jumanji e Armageddon, não consegue capturar a emoção que um thriller sobre estradas de gelo poderia proporcionar. O filme acaba parecendo um telefilme de baixo orçamento, com uma produção que, apesar de não ter sido originalmente feita para a Netflix, carrega o selo de um filme típico da plataforma: sem brilho, previsível e sem a profundidade que muitos espectadores esperam de um filme de ação de Neeson.

Outro ponto fraco é o elenco de apoio. Apesar da presença de nomes como Laurence Fishburne e Holt McCallany, a atuação do elenco é genérica e sem grandes destaques. Eles não conseguem salvar um roteiro sem muita originalidade, e Neeson, que em outros filmes já demonstrou ser capaz de performances mais impactantes, parece estar apenas cumprindo tabela.

Com uma tentativa inicial de abordar temas como a epidemia de opióides e a luta indígena pela terra, o filme logo abandona esses pontos e cai de volta no território seguro das tramas de ação simplistas. A sensação de déjà vu é inevitável, e o espectador acaba se perguntando se vale a pena continuar assistindo a mais uma produção que faz parecer que o filme foi feito para o mercado direto de DVD da década de 90.

Vale a pena assistir Missão Resgate?

  • Nota ★★☆☆☆ (2/5 estrelas)

No final, Missão Resgate não entrega mais do que um filme de ação comum, com Liam Neeson apenas dando o que parece ser um piloto automático em seu papel. Para os fãs do ator, o filme pode servir como uma diversão descartável, mas para quem busca algo mais inovador ou emocionante, é melhor procurar em outro lugar.

Gostou do nosso conteúdo? Acompanhe-nos no Google News e não perca nenhuma notícia.

Magdalena Schneider
Magdalena Schneider

Magdalena Schneider atua como redatora e editora chefe do site desde 2020. Moradora de Porto Alegre (RS), é sócia e redatora dos portais Minha Série Favorita, Very Money e Curtindo Porto Alegre. Formada em Psicologia pela Faculdade IENH, e especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, vê na criação de conteúdo, uma oportunidade de comunicar e transformar o mundo. No Minha Série Favorita, é responsável pela busca de pautas diárias, escrita e publicação das matérias, visando informar e trazer conteúdos relevantes ao portal. Sendo assim, Magdalena atua há quatro anos no campo da comunicação e criação de conteúdo.

Artigos: 9370