“Ender’s Game – O Jogo do Exterminador” é uma adaptação cinematográfica do clássico romance de ficção científica escrito por Orson Scott Card em 1985. Dirigido por Gavin Hood, o filme traz à tona uma história carregada de temas profundos e questionamentos éticos, mas será que consegue capturar a essência do livro?
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Uma jornada entre infância e guerra
O protagonista, Ender Wiggin (Asa Butterfield), é um jovem prodígio treinado por um governo militarista para liderar a luta contra uma raça alienígena conhecida como fórmicos. Em um universo onde crianças são moldadas como armas, a narrativa explora a perda da inocência e os dilemas morais de um treinamento que mistura jogos de guerra com estratégias letais.
Apesar de sua aparência infantil, Ender carrega uma maturidade desconcertante, alternando entre momentos de brilhantismo e brutalidade. Essa dualidade é representada com intensidade por Butterfield, que entrega uma atuação convincente, embora em certos momentos o personagem se aproxime de um psicopata calculista, uma crítica que já existia na obra original.
O contraste entre ação e moralidade
A direção de Gavin Hood é competente ao traduzir as batalhas espaciais e os cenários futuristas para a tela, especialmente nas cenas de gravidade zero na escola de batalha. No entanto, o filme tem dificuldades em equilibrar a ação e os debates éticos. A brutalidade de certas decisões e o peso emocional de Ender são suavizados em prol de uma narrativa mais comercial.
Os adultos, liderados pelo Coronel Graff (Harrison Ford) e pela Major Anderson (Viola Davis), trazem uma camada extra de tensão ao filme. Suas atuações reforçam o clima de manipulação e exploração, onde cada gesto parece calculado para pressionar Ender a se tornar o líder supremo.
Assim como em “Harry Potter” e “Jogos Vorazes”, o mundo de “Ender’s Game” força as crianças a assumirem papéis de adultos em situações extremas. No entanto, enquanto essas franquias permitem momentos de leveza e camaradagem, “Ender’s Game” é notavelmente mais sombrio, refletindo uma visão mais crítica da infância e da guerra.
Vale a pena assistir Ender’s Game – O jogo do exterminador?
- Nota: ★★★☆☆ (2/5 estrelas)
“Ender’s Game – O Jogo do Exterminador” oferece uma experiência visual imersiva e um enredo provocativo, mas perde parte da profundidade moral presente no livro. Ainda assim, é uma obra que merece ser conferida, especialmente por fãs de ficção científica e narrativas que desafiam convenções.
Se você busca uma história que combina estratégia, drama e dilemas éticos em um cenário futurista, “Ender’s Game” é uma boa escolha. No entanto, vá preparado para uma trama que levanta mais perguntas do que respostas.
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