“Covil de Ladrões” (Den of Thieves) é uma mistura explosiva de ação, assaltos elaborados e confronto entre policiais e criminosos, mergulhando de cabeça na fórmula clássica de filmes sobre o submundo do crime em Los Angeles. Dirigido por Christian Gudegast, o longa claramente bebe da fonte de Fogo Contra Fogo (Heat), a obra-prima de Michael Mann, mas será que consegue se destacar ou fica apenas na sombra do clássico dos anos 90?
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Uma Homenagem ou Apenas uma Cópia?
Desde o início, Covil de Ladrões não esconde suas inspirações. Gudegast, junto ao co-roteirista Paul Scheuring (Prison Break), constrói uma narrativa que gira em torno do embate entre uma gangue de ladrões extremamente habilidosos e uma unidade policial implacável e nada ortodoxa.
De um lado, Gerard Butler assume o papel do detetive Nick O’Brien, um policial durão, problemático e à beira da autodestruição – uma versão de supermercado de Al Pacino em Fogo Contra Fogo. Do outro, temos Pablo Schreiber liderando os criminosos com uma presença intimidadora, fazendo de tudo para executar o roubo perfeito.
A dinâmica entre criminosos e policiais é o coração do filme, mas falta profundidade nos personagens e, muitas vezes, Covil de Ladrões parece mais uma colagem de cenas de ação e diálogos clichês do que uma experiência autêntica. As tatuagens, os músculos à mostra e as constantes exibições de virilidade criam um clima que mais lembra um fim de semana de integração de um grupo de crossfit do que um thriller psicológico.
O Que Funciona?
Apesar de não reinventar a roda, o filme acerta em algumas áreas:
- Sequências de Ação Bem Executadas: As cenas de tiroteio e perseguições são intensas e bem coreografadas, proporcionando aquele gostinho de adrenalina que o público desse gênero espera.
- Los Angeles Como Personagem: A cidade aparece de forma crua e urbana, capturando o espírito de um ambiente dominado pelo crime e pela tensão constante.
- Elenco Carismático: Gerard Butler, mesmo exagerado, traz uma energia única ao seu papel, enquanto Pablo Schreiber oferece uma presença ameaçadora. Até 50 Cent, em uma cena icônica durante o baile de formatura da filha, consegue roubar a atenção.
O Que Não Funciona?
- Excesso de Clichês: A trama muitas vezes se perde em repetições e personagens estereotipados. A rivalidade entre O’Brien e Merrimen (Schreiber) é previsível, e o desenvolvimento das subtramas pessoais parece um eco de outros filmes do gênero.
- Falta de Originalidade: É difícil assistir ao filme sem pensar que cada cena já foi vista antes – e, francamente, de forma mais eficaz. A tentativa de criar tensão sexual e emocional no relacionamento de O’Brien com sua ex-esposa soa artificial e não traz o mesmo peso emocional de Fogo Contra Fogo.
- Desfecho Forçado: O final tenta surpreender, mas acaba soando bobo e inverossímil, deixando a sensação de que faltou polimento na conclusão da história.
Vale a Pena Assistir Covil de Ladrões?
Nota: ★★★☆☆ (3/5) Resumo: Um filme de ação competente, mas genérico, que oferece boas cenas de tiroteio, mas tropeça na falta de inovação. Ideal para uma sessão descompromissada, mas longe de ser memorável.
Covil de Ladrões é o típico filme de ação que agrada aos fãs do gênero, mas não espere profundidade ou originalidade. Se você gosta de longas recheados de tiros, músculos e duelos intensos, ele entrega o básico do entretenimento. Por outro lado, quem procura uma experiência mais cerebral ou emocionalmente envolvente pode se decepcionar com a superficialidade da trama.
No fim das contas, Covil de Ladrões é uma carta de amor aos thrillers policiais dos anos 90, mas sem o charme e a complexidade dos clássicos. Ele cumpre sua função como um passatempo explosivo, mas não vai muito além disso.
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