Crítica de A Profissional: Vale a pena assistir ao filme?

A Profissional (The Protégé) é mais um filme de ação que segue as fórmulas já consagradas do gênero de “lady assassin”, onde a protagonista é quase indestrutível, e a história é recheada de clichês. Apesar da presença inesperada de Michael Keaton e da performance de Maggie Q, a obra dirigida por Martin Campbell e escrita por Richard Wenk se perde em sua proposta e falha em oferecer algo memorável.

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A História de A Profissional

O enredo gira em torno de Anna (Maggie Q), uma assassina altamente treinada que, quando criança, foi resgatada do Vietnã por Moody (Samuel L. Jackson). Após a morte de seu mentor, Anna parte em uma jornada de vingança, se deparando com Rembrandt (Keaton), um vilão sedutor, e uma gangue de motociclistas liderada por Robert Patrick. A narrativa é repleta de reviravoltas previsíveis e, muitas vezes, risíveis.

A Performance e os Personagens

Maggie Q, como Anna, é ultraflexível e carrega consigo uma mistura de habilidades de combate com um toque de humanidade, algo raro em filmes desse tipo. A personagem é descrita como uma assassina com um lado “adorável” — ela gosta de gatos, faz cupcakes e trabalha em uma livraria — o que traz uma desconexão com sua profissão sanguinária. A tentativa de equilibrar os dois lados da personagem resulta em uma figura que parece mais caricata do que convincente, e as interações com o vilão Rembrandt (Keaton) são, no mínimo, inusitadas.

Michael Keaton, por outro lado, faz o melhor que pode com o papel de vilão, mas o roteiro não ajuda muito. Seu personagem, Rembrandt, flerta com a ideia de ser mais sofisticado do que realmente é, e sua química com Anna é uma mistura de tensão e bizarrice. Já Robert Patrick parece perdido no papel de líder de gangue, sem muito a agregar à trama.

O Enredo e o Roteiro

O roteiro de Richard Wenk é uma montanha-russa de situações forçadas e diálogos clichês. Anna vai de uma sala de tortura para um jantar sem que um fio de cabelo se mova, e as cenas de ação são pontuadas por trocas de farpas típicas de filmes de assassinas.

O filme se leva a sério demais em algumas partes e em outras se rende ao ridículo, tornando difícil se conectar com a história ou se importar com as consequências das ações dos personagens. A tentativa de misturar romance e violência, especialmente com a cena de “flertar” sobre armas, só aumenta o tom surreal da trama.

A Direção e o Estilo Visual

A direção de Martin Campbell, embora competente, não traz nada de inovador para o gênero. As cenas de ação são bem executadas, mas a locação em Bucareste, Romênia, não contribui de forma significativa para o clima do filme. A combinação de violência e trilha sonora romântica, como se estivesse fazendo um paralelo entre os dois mundos, também soa um tanto forçada.

A Profissional não é um filme ruim, mas também não é memorável. Ele se encaixa na categoria de filmes de ação descartáveis, onde a trama é apenas um pretexto para as cenas de luta e as piadinhas de efeito. Se você é fã do gênero e não se importa com a falta de profundidade no enredo, pode se divertir com a performance de Maggie Q e as cenas de ação, mas não espere mais do que isso.

O que realmente se destaca aqui é a atitude de Anna, que traz uma certa classe ao papel de assassina. Se houver uma sequência com ela e Keaton em terapia de casal, talvez seja uma boa razão para assistir, mas, por enquanto, A Profissional segue o caminho da maioria dos filmes de assassinas — um espetáculo visual que, infelizmente, falta substância.

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