Crítica de 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi | Vale a pena assistir?

O filme 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi (2016), dirigido por Michael Bay, é um típico exemplar de sua assinatura cinematográfica: muita ação, explosões e uma visão patriótica extrema. Baseado no ataque real de 2012 a um complexo diplomático dos EUA em Benghazi, na Líbia, o filme tenta misturar entretenimento e um retrato dos desafios da guerra moderna. Contudo, os resultados são, no mínimo, controversos.

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Trama de 13 horas: Os soldados secretos de Benghazi

A narrativa segue um grupo de contratados militares que protegem uma base secreta da CIA em Benghazi. Liderados por Jack (John Krasinski), os soldados enfrentam um ataque coordenado de insurgentes enquanto lidam com a ineficiência e a indecisão de seus superiores. O filme retrata o caos da batalha em 144 minutos de ação intensa, mas também abraça uma perspectiva que oscila entre o heroísmo dos soldados e uma crítica ao sistema burocrático e político dos EUA.

Pontos Positivos

  1. Cenas de ação: Como esperado de um filme de Michael Bay, as sequências de combate são bem coreografadas e entregam adrenalina. A tensão durante os ataques e a luta pela sobrevivência são palpáveis, especialmente em cenas que exploram o confinamento e o desespero, como dentro de um carro blindado.
  2. John Krasinski: Apesar de limitado pelo roteiro, Krasinski oferece uma performance sincera, mostrando a vulnerabilidade de seu personagem em meio à brutalidade.
  3. Produção visual: O filme é tecnicamente bem executado, com fotografia que captura a atmosfera caótica da guerra e efeitos visuais competentes.

Pontos Negativos

  1. Roteiro problemático: O texto peca pela superficialidade, com diálogos forçados e personagens unidimensionais. A maior parte dos soldados são indistinguíveis, exceto por apelidos genéricos como “Boon” e “Tig”.
  2. Visão política: 13 Horas não é sutil em sua mensagem política, carregando críticas veladas (ou nem tanto) à administração da época e alimentando paranoias sobre a “incompetência” governamental. Essa abordagem pode alienar espectadores que buscam uma visão mais equilibrada dos eventos.
  3. Estereótipos culturais: A representação dos inimigos é rasa e desumanizadora, reduzindo-os a “vilões genéricos” sem explorar as complexidades do contexto local. Isso reforça uma narrativa simplista que contribui pouco para debates sobre intervenções estrangeiras.
  4. Direção saturada: O estilo de Michael Bay, com explosões excessivas e dramatizações artificiais, muitas vezes prejudica o impacto emocional do filme. Momentos que deveriam ser comoventes tornam-se quase cômicos devido à falta de sutileza.

Veredito Final

Nota: ⭐⭐☆☆☆

13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi pode agradar fãs de ação que buscam sequências explosivas e intensidade constante. No entanto, o filme falha em entregar profundidade narrativa ou abordar de forma reflexiva os eventos reais em que é baseado. Suas escolhas políticas e estéticas tornam a experiência polarizadora, limitando o apelo para quem busca mais do que adrenalina.

13 Horas é visualmente impressionante, mas narrativamente raso. Se você procura ação pura, pode valer a pena. Caso contrário, há opções melhores no gênero.

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