A Mulher que Veio do Céu Crítica

A Mulher que Veio do Céu (Crítica): Vale a Pena Assistir o Reboot da Série dos Anos 80?

Confira nossa crítica do reboot de Highway To Heaven, estrelado por Jill Scott. Saiba se vale a pena assistir A Mulher que Veio do Céu!

Os anos 80 foram uma época inesquecível para a TV americana, e uma das séries que conquistou os corações do público foi Highway To Heaven, conhecida no Brasil como O Caminho do Céu. O seriado original, estrelado e criado por Michael Landon, trazia uma história de esperança e redenção, com um anjo ajudando pessoas comuns em momentos de crise.

Agora, mais de três décadas depois, a Globo traz na TV aberta a história com um novo toque: Jill Scott, como Angela Stewart, é a nova “mulher que veio do céu” para ajudar aqueles que precisam. Mas a pergunta que não quer calar é: vale a pena assistir ao reboot?

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Uma Anja Atualizada e Carismática

A Mulher que Veio do Céu

No reboot de Highway To Heaven, Jill Scott interpreta Angela Stewart, uma anja que chega a uma escola em Boulder, Colorado, para trabalhar como conselheira temporária. Seu objetivo vai muito além do que seu cargo sugere: Angela está ali para mudar vidas e ajudar uma família que perdeu a esperança. Logo de cara, Angela conhece Cody Grier, um adolescente revoltado que ainda lida com o luto pela perda de sua mãe, e Jeff, o pai do garoto, que também está tentando seguir em frente sem sucesso.

A interpretação de Jill Scott é o ponto alto do filme. Sua Angela é cativante, cheia de empatia e com uma pitada de humor que a torna ainda mais próxima do público. Scott consegue equilibrar o lado angelical e humano da personagem, trazendo profundidade ao papel sem cair no clichê do “anjo perfeito”. A atriz carrega o filme com sua presença forte e entrega uma performance autêntica, que faz o público torcer por ela e pelos personagens que estão ao seu redor.

Uma Trama Familiar e Cheia de Emoção

O reboot mantém o espírito da série original: uma trama cheia de esperança e sentimentos. Angela é uma figura que se torna essencial para unir pai e filho, ajudando-os a reabrir o coração para o amor e a memória da mãe que perderam.

A história traz cenas emocionantes, como quando Cody finalmente tem acesso aos pertences da mãe guardados no armário e descobre, através de um presente de Natal, um vínculo inesperado com Kaia, uma jovem prodígio que acaba sendo sua prima.

A narrativa trabalha temas importantes como luto, reconciliação e a importância da família. A sensibilidade na forma como esses temas são tratados é um dos pontos positivos do reboot, pois faz com que os personagens pareçam reais e as dificuldades que enfrentam sejam palpáveis. Mesmo sendo uma trama leve e destinada a toda a família, A Mulher que Veio do Céu consegue abordar essas questões sem banalizá-las.

Um Toque de Nostalgia com Uma Nova Abordagem

Highway To Heaven

Se você assistiu ao Highway To Heaven original, vai notar algumas diferenças. A abordagem do reboot é mais direta, e Angela Stewart tem poderes mais evidentes que o personagem de Michael Landon, Jonathan Smith.

No reboot, Angela faz flores desabrocharem com um simples olhar e envia e-mails praticamente por telepatia. Esses elementos mágicos dão ao filme um ar mais “místico”, remetendo mais a séries como O Toque de um Anjo do que à sobriedade do original.

Embora essa abordagem possa ser divertida para o público atual, também há quem prefira o tom mais contido do seriado dos anos 80. A trama é simplória e, em alguns momentos, previsível. Entretanto, o que sustenta o interesse é a relação entre Angela e Bruce Brooks (Barry Watson), o diretor da escola que inicialmente não sabe se deve confiar na nova conselheira. A química entre os dois atores é notável, e o desenvolvimento da amizade entre eles traz um charme extra ao filme.

Questões a Serem Consideradas

Apesar dos pontos positivos, o filme não está livre de críticas. Uma delas é o fato de que o elenco é majoritariamente branco, com Jill Scott sendo a única protagonista negra. Esse detalhe pode fazer com que o reboot caia no clichê do “anjo negro” que vem salvar personagens brancos, um estereótipo problemático que já foi explorado diversas vezes em Hollywood. Espera-se que as próximas produções da franquia possam trazer uma maior diversidade ao elenco e evitar esse trope.

Outro ponto é que, mesmo sendo um filme familiar e com uma mensagem positiva, a trama é um tanto superficial. Alguns temas poderiam ser abordados com mais profundidade, especialmente o luto de Cody e Jeff, que às vezes é resolvido de forma rápida demais. Contudo, A Mulher que Veio do Céu se propõe a ser uma experiência leve e confortante, e nesse sentido, cumpre seu papel.

Crítica de A Mulher que Veio do Céu

Então, vale a pena assistir ao reboot de Highway To Heaven? A resposta é: VALE. Embora não seja uma obra complexa ou profunda, A Mulher que Veio do Céu é uma boa opção para quem busca entretenimento familiar, com mensagens de esperança e otimismo. Jill Scott está brilhante em seu papel, e a química entre ela e Barry Watson é suficiente para manter o público interessado.

Se você é fã do original e sente saudade das histórias de Jonathan Smith ajudando pessoas a encontrarem o caminho, o reboot pode ser uma nostálgica viagem ao passado, agora com um toque renovado.

E se você nunca assistiu à série dos anos 80, este é um bom ponto de partida para conhecer a história e se envolver com os personagens. A mensagem é clara: sempre há esperança, e, às vezes, uma ajuda “vinda do céu” é tudo o que precisamos.

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