A Favorita (2018), dirigido por Yorgos Lanthimos, não é apenas uma obra cinematográfica; é uma imersão nas complexidades da corte britânica do século XVIII. Ao pousar recentemente no catálogo da Netflix no Reino Unido e na Irlanda, o filme oferece aos espectadores uma experiência única e desafiadora. No entanto, o intrigante plano final pode levantar algumas dúvidas. Vamos desvendar os mistérios do desfecho de A Favorita, mergulhando na trama repleta de jogos de poder e manipulações palacianas.
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Trama de A Favorita
A narrativa de A Favorita gira em torno da Rainha Anne, interpretada magistralmente por Olivia Colman, que se vê no meio de um embate entre sua leal amiga Lady Sarah (Rachel Weisz) e a nova serviçal, Abigail (Emma Stone). Ambas tramam para se tornar a favorita de Anne, desencadeando uma batalha pela influência e poder na corte.
Após Abigail se casar com o Coronel Masham para restaurar seu status, ela continua a articular para superar Sarah como a favorita de Anne. A reviravolta surge quando Sarah ameaça revelar a correspondência íntima entre ela e Anne, forçando Anne a afastar Sarah. O jogo de manipulações atinge seu ápice quando Abigail mente para Anne, acusando Sarah de desvio de dinheiro.
O ponto culminante ocorre quando Abigail, agora em posição privilegiada, maltrata um dos coelhos de Anne, um símbolo dos 17 filhos perdidos da Rainha. Anne, percebendo sua solidão, exila Sarah e seu marido, cometendo um erro fatal. A aparente vitória de Abigail se desfaz quando ela se torna apenas mais um peão nos caprichos de Anne.
A Complexidade do Poder e da Solidão
A última cena, estranhamente bela e desoladora, captura Abigail massageando a perna de Anne, ambas resignadas à infelicidade. A sobreposição de seus rostos seguida pela imagem dos coelhos simboliza a realidade sombria: Abigail não é a vencedora que acredita ser. A mensagem é clara – mesmo no ápice do poder, ela se torna apenas mais um animal de estimação da solitária Rainha.
Lanthimos, com sua visão única, encerra A Favorita com uma nota triunfante de melancolia. Apesar da maestria manipuladora de Abigail, ela se torna uma prisioneira do próprio jogo. O final, permeado pela desolação, destaca a futilidade da busca pelo poder sem considerar as consequências emocionais.
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