13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi | Final explicado

O desfecho de 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi mostra os militares contratados da CIA sobrevivendo a uma noite intensa de ataques, mas às custas de sacrifícios pessoais e perdas irreparáveis. A história real por trás do filme é um episódio profundamente debatido e polêmico, mas o longa se concentra nas ações heroicas dos soldados em campo, evitando narrativas políticas explícitas.

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Evacuação Sob Fogo Intenso

No clímax, os agentes contratados liderados por Jack Silva (John Krasinski) conseguem evacuar com sucesso 25 pessoas do complexo da CIA em Benghazi. Isso ocorre após uma noite de ataques coordenados em dois locais: a embaixada dos EUA e o anexo da CIA. Apesar do esforço heroico, quatro americanos perdem a vida: o embaixador Chris Stevens, o oficial de TI Sean Smith, e dois ex-Navy SEALs, Tyrone “Rone” Woods e Glen “Bub” Doherty.

O momento em que Jack e os demais soldados finalmente deixam o anexo é carregado de tensão e alívio, pois a evacuação marca o fim do cerco. Ainda assim, a destruição ao redor e a perda de seus colegas deixam claro que o impacto emocional será duradouro.

Ação Heroica em Meio à Negligência Governamental

O filme destaca que os soldados agiram heroicamente, mesmo enfrentando a falta de suporte aéreo ou reforços. Um tema recorrente é a frustração dos agentes com a burocracia e a negligência do governo, evidenciada pela demora na resposta ao ataque.

O diretor Michael Bay insinua que as ações lentas e a negação de reforços podem ter custado vidas, mas evita apontar culpados diretamente. A frase de Tyrone, “Diga ao AFRICOM que você está ligando dessa base secreta que eles nem sabiam que existia até uma hora atrás”, sublinha a desconexão entre os soldados no campo e as autoridades em Washington.

Por Que o Apoio Não Chegou?

Uma das questões mais polêmicas é se houve ordens explícitas para “recuar” e não enviar reforços. Embora o filme mostre os agentes solicitando ajuda repetidamente, a falta de resposta é atribuída a problemas logísticos, como a distância das bases e a falta de combustível para aviões.

O soldado Glen Doherty, por exemplo, chega a organizar transporte próprio de Trípoli para Benghazi, mas é atrasado pela burocracia no aeroporto local. Esses atrasos e obstáculos são retratados como um reflexo do caos e da falta de coordenação durante o ataque.

Ataque Premeditado ou Espontâneo?

A narrativa do filme sugere que o ataque foi premeditado e não o resultado de protestos espontâneos contra um filme anti-islâmico, como inicialmente relatado pela mídia americana. Os diálogos dos personagens reforçam isso, com observações como: “Não ouvimos nenhum protesto” e “Esses morteiros não nos encontraram por acaso. Isso foi planejado há dias ou semanas.”

Embora o filme não ofereça uma explicação definitiva para a motivação dos ataques, ele ilustra o ambiente hostil e instável em Benghazi após a queda de Muammar Gaddafi, com armas inundando o mercado negro e grupos armados competindo por poder.

Conclusão e Impacto Emocional

O final de 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi enfatiza a bravura dos soldados que defenderam o anexo da CIA e arriscaram suas vidas para salvar outras. A cena final, com Jack retornando aos Estados Unidos, carregando as memórias de seus companheiros mortos, destaca o custo humano do evento.

O filme evita entrar em discussões políticas explícitas, mas deixa claro que os eventos de Benghazi foram um fracasso em muitos níveis. A história, no entanto, é contada sob a ótica daqueles que estavam no terreno, tornando o sacrifício e o heroísmo os verdadeiros focos.

13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi entrega um retrato intenso e emocional, mas ainda permanece aberto a interpretações e debates sobre o que realmente aconteceu e como isso poderia ter sido evitado.

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